Sentimento estranho e cheio de signos
como numa visão hermética
Julgo-me sem piedade
E bruscamente
Lanço olhares ao meu Deus,Nada vejo.
Procuro nos meus idos,
Nada!
E assim grito ao meu Deus de sempre
-Por quê?
Por que sempre essas buscas, meu Deus?
Por que os sinos de Mariana, as Aves-Marias e os terços quebrados
Pelas raivas dos abandonos, e pelas imensas tristezas,
Deixando as contas
Que sem os elos da paixão
Perdem-se
E desaparecem pela estrada de terra
São fantasias fantásticas.
Deus,
Minhas mãos vazias,
Meus olhares que não cobiçaram a crueza da morte
Ou do tempo passado,
E a alegria do encantamento?
Deus, eu não nasci- ainda,
Deus me liberte!
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