terça-feira, 3 de abril de 2012

A poesia se apresenta!


A
Recrio seus olhos
Nomeio sua vida
-Morte
Acorde, Desvairada   
Levante!
Jogue a sua pá de cal
Em suas superfícies
E se faça verdadeira
Porque o quero!              

 B

Desate-me! 
Assim, trafego seus hábitos
Somente  animus
Antes que se vá 
Na ausência da paixão
E se  faça o puro vazio

C

Parte a parte -me pertence
Espectro, morte. 
Sempre - indubitavelmente
Na presença da razão
Desconheço
O quando.
D

Afasto a razão
Porque me levaria
Para o simples e inexorável
Tempo
Mas como na corredeira do rio
Que extenua as largas braçadas
A pedra se faz um porto
E me traz o alívio:
A poesia se apresenta!

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