domingo, 15 de julho de 2012
A conta, por favor!
um café
para ver o vazio
enquanto pensa
brinca com a colher do café
às vezes
até mexe os cabelos
insistentemente desalinhados
o casal ao lado
pede um capuccino
e um doce qualquer
alguns riem
com sorriso amarelo
do passado
Aquele outro
Suga o café
e morde os lábios
lembranças da amante
a estudante rabisca
poemas e sonha com
soluções interativas
a criança
que guardada pelos pais
num belo carrinho
aos seus 5 anos
olha desolada
para as tiras do cinto
de segurança.
O poeta no poema
chora pelas mulheres.
Resta algo além da brutalidade
dentro da ignorância?
Só aflição
e o som da cachoeira
quebra a geometria
da fumaça das xícaras.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário