terça-feira, 14 de agosto de 2012

O dedo!

Uma descoberta sobre a mesa
um pão recheado de sangue
havia  música
que enchia o ar.
As mãos espantadas
pegaram o pedaço de pão
e o levaram para a boca faminta

do outro lado da rua
uma moto violava as leis
e a poça de óleo
derrubou a passante
assustada levou as mãos ao rosto

O homem lê o jornal
escuta as músicas e o culto
do pastor que se esgoela
para mostrar o seu Deus,
Com as mãos em concha
abre a boca e esconde a alma
tudo ao vivo de um  velho rádio,
agora o  homem limpa o nariz com o dedo indicador.

Assim a  velha de chapéu
dentro de um grande carro
fecha os vidros.
O ar condicionado do escritório
congela o olhar
de um poeta sem tema.





Nenhum comentário:

Postar um comentário