à frente
duas estruturas
um quadrado
e a escada no seu triângulo
O quadrado
que aos poucos
se dilata
e pelos seus poros
se dilata
e pelos seus poros
a lembrança
dos porões fechados e úmidos
lhe escapa.
na beirada da jazida
um abismo
e o seu fundo.
Ao impulso primal
a escada se apresenta,
como se mostrasse
ao seu Deus único
suas sensações
que mesclam
medo e torpor.
[mas] o presente se faz real
único.
Fantasia as velhas margens de um rio
sempre desiguais
ao mesmo olhar
e encontra o profundo estranhamento
na sombra que mostra a luz
À escada
e seus degraus
madeiras gastas
faltantes,
se joga
e as mãos
agarram as laterais
e se torna
o arco.
Olhos o vigiam
irresoluto
quebra o áspero
e pela greta
o que lhe parece casca
encontra o horror
três fetos
carbonizados
deitados
embalados
na cápsula temporal.
Do abismo
um espelho solar
se eleva
tinge seus cabelos brancos
a pele
adquire a coloração
dourada
os sulcos
ganham espaços
estufam
o vazio desaparece
o homem se torna
luz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário