Por que se deseja a calmaria
se na verdade
a vontade é quebrar o furacão
da caixinha de ensaios
de veludo carmim?
A avenida cheia de chuva
se transforma na alegoria
intimista e vulgar
das raivas concretas.
Se o cinto de segurança
parece guardar o corpo
e liberar o desencanto
do casal equivocado,
o poeta delira e
encontra na chuva
o retorno das corredeiras
e busca inadvertidamente
um sumidouro
que lhe prega uma peça
está cheio de lixo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário