Para Stela , minha irmã.
As margens dos rios sem contornos
ganham o espaço
nos caminhos inundados
entre galhos podres
pedras lisas
os sons dos insetos esvaziam o silêncio
dobro as barras da calça encharcada
água barrenta
tinge no espelho aquoso
verdades submersas
em pleno sol
evaporam-se medos
e as dores das mesmices
grudam nos olhares
das árvores retorcidas.
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