No tempo da chuva
a borboleta se queixa - quer o sol
mas fica quieta debaixo das folhas do ipê
e os meninos para se aquietarem
às corredeiras se jogam
o tempo que ao largo se escondia
se apropria da felicidade
e juntos descem as ladeiras
a chuva cinza
se torna água cristalina
os sonhos tomam as asas da borboleta
que aos meninos parecem eternas velas
e lhes emprestam a vontade da vida plena
sem medo, decidida e humanamente incansável.
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