sábado, 9 de março de 2013

No café, ao casal


casal                                  
olhares e gestos
inércia compartilhada
meus olhares marejados ao atônito casal
pelo amor que se manifesta calmamente 
e se desespera nas  procuras entre as fumaças do café

o tempo alheio parte
e lhes  mostra
as noites, as manhãs
mas o  simples medo
ao  imaginado se fixa
fica o postergado
o largado
como partirem para que a vontade se faça inteira
amantes do medo
larguem a vida
as rotinas
e simplesmente se abandonarem ao outro?
Mas não...
ficam despudorados com a aridez das próprias ações
o tempo se  deleita
com a passividade e a servidão ao medo
e ao eterno adiamento
às verdades das impossibilidades
                

                      ( poderia ter outro final...quem sabe mais carnal)



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