suas águas tortuosas arrancam os meus limites
às vezes na noite
a lua fica torta
sem espaço no espelho onírico
perde seus contornos
perde seus contornos
e a mulher ruidosa
torna -se praga
daquelas bem dissimuladas
que entregam flores amarradas com fitas pretas
fita preta com muita pimenta.
Abro a janela
viro guarda das estrelas
o vento noturno
olha pelas frestas do salão,
e vê em mim
aquela que faz da noite
eternas purgações
e da dor
refúgio para o ver o tempo passando
bem devagar
tempo, dom do tempo.
Num tempo interno
me permito buscar
a calma das verdades
correr com vontade
sem perceber as falas
do lugarejo que cheira mijo e merda
da vizinha que desfila seus sutiãs ensebados
com o filho mamando em suas pelancosas e velhas tetas.
Ou de alguns aldeões que ainda com seus fundilhos arruinados
torna -se praga
daquelas bem dissimuladas
que entregam flores amarradas com fitas pretas
fita preta com muita pimenta.
Abro a janela
viro guarda das estrelas
o vento noturno
olha pelas frestas do salão,
e vê em mim
aquela que faz da noite
eternas purgações
e da dor
refúgio para o ver o tempo passando
bem devagar
tempo, dom do tempo.
Num tempo interno
me permito buscar
a calma das verdades
correr com vontade
sem perceber as falas
do lugarejo que cheira mijo e merda
da vizinha que desfila seus sutiãs ensebados
com o filho mamando em suas pelancosas e velhas tetas.
Ou de alguns aldeões que ainda com seus fundilhos arruinados
prestam reverências às velhas tetas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário